Para trabalhar a Semana da Independência nada como apresentar ou reapresentar aos alunos a história envolvida por trás do quadro por Pedro Américo. O quadro mostra de maneira nacionalista e patriota o lado de um ato político que não teria acontecido daquela maneira. Reproduzo abaixo uma matéria que vem explicar bem o lado da história talvez não conhecido da pintura que representa este momento.
Pintada entre 1886 e 1888, a tela de Pedro Américo tem 7,60m por 4,15 m.
A imagem de D.Pedro I às margens do Ipiranga, montado num cavalo,
segurando uma espada e gritando "Independência ou
morte!" em meio a uma enorme comitiva é conhecida por quase
todos os brasileiros que estudam um pouco da história do
país. Mas nem todos sabem que essa cena foi, na verdade, criada
por um homem: Pedro Américo, o pintor do
quadro "Independência ou Morte", hoje exposto no Museu
Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga), em São Paulo.
A imagem que consagrou o 7 de Setembro é verossímil, mas não
relata com exatidão o ocorrido no Dia da Independência.
"Foi uma cena produzida pela imaginação do pintor. O
próprio Pedro Américo reconheceu que seria impossível fazer uma
relação entre a pintura e o episódio. Não apenas porque havia
uma grande diferença de tempo [a tela foi pintada em 1888, e a
Independência ocorreu em 1822], mas também porque não seria
possível reconstituir minuciosamente o acontecido, faltavam
relatos", explicou em entrevista ao G1 a
historiadora e professora da USP Cecília Helena de
Salles, coautora do livro "O Brado do Ipiranga".
Primeiro, não era comum usar cavalos, mas sim
mulas, para fazer o trajeto da Serra do Mar. Os uniformes também
eram galantes demais para o tipo de viagem que D. Pedro I estava
fazendo. Sua comitiva também nem era tão numerosa - no máximo
levava 14 pessoas. "A pintura histórica retrata o episódio
de maneira grandiosa, e Américo criou toda uma situação na tela
para ressaltar esse aspecto", diz a professora Cecília. D.
Pedro I estava voltando a São Paulo quando recebeu documentos
vindos de Portugal e, depois de os ler, declarou o Brasil independente.
Pedro Américo se ofereceu para fazer a obra, 66 anos após o
grito, e ganhou uma boa quantia pela encomenda: 30 contos de
réis - como comparação, em 1888, o governo de São Paulo aplicou
22 contos de réis na área da saúde. Na época, muitos políticos
achavam que não seria preciso pedir a alguém de fora para fazer
o quadro (Américo já vivia na Itália), mas, como tinha amigos
influentes, ele conseguiu a indicação.
Assim que soube que faria a tela, ele veio ao Brasil e fez uma
pesquisa histórica intensa. "Ele recolheu todas as
informações possíveis e, com base no que descobriu, nos
retratos, nas roupas, objetos de época, ele fez um arranjo da
imaginação dele. Sob esse aspecto, a tela é muito criativa, e
talvez esteja aí a grande razão pelo qual ela seja tão
impactante ainda hoje. A imagem não tem um centro, o centro é um
vazio, mas toda a composição está voltada para mostrar um
episódio que ninguém viu."
Fonte:http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1294850-16107,00-QUADRO+DO+GRITO+DA+INDEPENDENCIA+E+OBRA+DA+IMAGINACAO+DO+PINTOR.html
Atividade
Comecei a atividade pedindo para que os alunos realizassem um reflexão sobre tudo que foi estudado referente a obra apresentada com a história por trás do quadro "Independência ou Morte". Pedi para que eles se imaginassem no lugar do Pintor Pedro Américo, e refletissem como eles pintariam o quadro. Após eles analisarem sobre a importância da visão do artista sobre os fatos (muitas vezes nem vividas por eles mesmos), solicitei que fizessem uma interferência dentro da Bandeira Nacional, de algo que eles gostam, pensam ou criticam sobre o Brasil.
Veja alguns dos resultados.
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